Você já parou para perceber como, às vezes, viver a própria vida pode ser um grande desafio?
Muitas vezes, não é porque falta coragem ou direção… mas porque o nosso caminho se cruza com o de outras pessoas. E nesse encontro, nem sempre sabemos até onde podemos ir — sem atrapalhar ou sermos atrapalhados.
É por isso que viver exige cuidado. Um cuidado silencioso, atento, com a gente… e com o outro.
Mas será que todo mundo percebe isso?
Sinceramente, acho que não.
E confesso: fico assustada com a facilidade que algumas pessoas têm de opinar sobre a vida dos outros — baseadas apenas nas próprias vivências, medos ou frustrações.
Quantas vezes você já viu alguém que mal consegue cuidar de si, mas que tem sempre uma opinião pronta para dar sobre o outro?
E mais do que isso: entrega essa opinião de qualquer jeito.
Sem filtro, sem empatia, sem amor.
Depois, justificam dizendo:
“Desculpa, é que eu sou sincera mesmo.”
Ou aquela clássica:
“A verdade precisa ser dita. E estou dizendo porque sou seu(a) amigo(a).”
Mas… será mesmo?
Antes de falar da vida de alguém, é importante olhar para dentro.
Com honestidade, mas sem dureza. Com coragem, mas também com compaixão.
Será que você está mesmo na posição de interferir?
Será que seu coração está abastecido de empatia, respeito e amor ao próximo?
Será que essa opinião é uma contribuição verdadeira…
ou só mais uma interferência travestida de cuidado?
🌸 Mulheres amadas por Deus, escutem com o coração…
Há uma mania silenciosa que precisamos abandonar: a de achar que podemos tudo na vida do outro — só porque nos sentimos próximas, confiantes ou seguras demais.
Antes de corrigir alguém, olhe para sua própria história.
Antes de apontar um caminho, veja se você tem caminhado com equilíbrio.
Às vezes, ao falar da dor de alguém, Deus está querendo que você ouça a sua própria.
Ele usa a sua boca para que os seus ouvidos escutem algo que está adormecido aí dentro.
Eu mesma já vivi isso tantas vezes.
Pessoas tentando me aconselhar com tanto fervor…
e eu, em silêncio, me perguntava:
“Será que ela não enxerga que está vivendo exatamente o que critica em mim?”
Na profissão que escolhi, vejo diariamente o estrago que uma palavra pode causar.
São dores guardadas por anos, crescidas em silêncio, nutridas por comentários soltos, julgamentos disfarçados de “sinceridade”, e conselhos dados sem responsabilidade.
As palavras não somem no vento.
Elas criam raízes — dentro de corações já cansados.
✨ Por fim, um lembrete com amor
Não trago esse texto para julgar, nem para acusar.
Trago como partilha de uma verdade que acredito com todo meu coração:
Saco vazio não para em pé.
Só se dá ao outro aquilo que se tem.
Então, antes de oferecer conselhos, se ofereça cura.
Antes de dar opinião, ofereça escuta.
Antes de interferir, se pergunte:
“Será que estou falando com amor… ou com ego?”
Porque, às vezes, o mal que causamos ao outro vem disfarçado de boas intenções.
E é por isso que precisamos nos lembrar — todos os dias —
que viver com consciência é também saber:
quando falar, como falar… e quando calar.