Dois monges budistas estavam viajando juntos por uma longa estrada. Em determinado ponto, chegaram à margem de um rio caudaloso. Ali, encontraram uma jovem mulher muito bonita e bem vestida, claramente aflita por não conseguir atravessar sozinha.
Ela pediu ajuda.
O monge mais velho, sem pensar duas vezes, a carregou nos braços, atravessou o rio com ela, e a deixou gentilmente do outro lado.
O monge mais jovem ficou chocado com aquela atitude, pois os votos que faziam proibiam qualquer tipo de contato com mulheres — especialmente esse tipo de proximidade física. Mas ele não disse nada.
Eles seguiram caminhando.
Uma hora passou.
Duas horas.
Três horas.
Até que o jovem, já irritado, explodiu:
— Irmão… como você pôde carregar aquela mulher no colo? Nós, monges, não devemos sequer tocá-las!
O monge mais velho olhou para ele com serenidade e respondeu:
— Eu deixei a mulher na margem do rio há horas.
Mas você ainda está carregando ela?
✨ Moral
Muitas vezes, o que nos pesa não é o que acontece… mas o que a gente insiste em carregar por dentro.
Palavras, julgamentos, pequenas indignações, atitudes dos outros — tudo isso vira bagagem emocional.
E, quanto mais a gente segura, mais pesado fica o caminho. Precisamos aprender a soltar essas mochilas que pesam tanto, mas por vezes acostumamos a carregar. E acreditem, as vezes soltamos as mochilas. Mas como já estamos acostumados sentimos falta do peso que já fazia parte de nós por muito tempo.